O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) alertou sobre os problemas que considera graves na gestão das contas públicas e na venda de ativos estratégicos do país. Segundo o parlamentar, a economia brasileira mudou muito ao longo dos anos, e com essas mudanças, a forma de fazer política econômica também precisa se adaptar.
O deputado contextualiza que, no modelo econômico atual, a moeda não é mais vinculada ao ouro, e por isso as formas de fazer política monetária e gestão da dívida pública mudaram drasticamente. No entanto, o que não mudou é a necessidade de transparência e responsabilidade na administração das finanças públicas.
“O governo do presidente Bolsonaro, ao maquiar as contas de 2022, na verdade colocou o país em déficit. Parcelar uma dívida de R$ 100 bilhões em precatórios e, ainda assim, alegar um superávit de R$ 56 milhões não faz sentido. Isso é como vender a geladeira hoje e prometer pagar as contas no mês que vem. E depois, como ficamos sem a geladeira?”, questiona Emanuelzinho.
O parlamentar também critica decisões passadas, como a venda das refinarias e das fábricas de fertilizantes da Petrobras, que segundo ele, deixaram o país mais vulnerável. Para o deputado, ao se desfazer dessas estruturas estratégicas, o Brasil tornou-se mais dependente de importações, especialmente de fertilizantes da Rússia, uma situação que ficou ainda pior com o choque de oferta causado pela guerra na Ucrânia.
“Essas vendas comprometeram toda a nossa cadeia produtiva, nos tornando reféns de crises internacionais que impactam diretamente os preços e a oferta de produtos essenciais para nossa população”, ressaltou o parlamentar.
De acordo com Pinheiro Neto, o caminho para evitar uma crise mais profunda passa pela adoção de uma política econômica que encare a realidade de frente. Ele defende transparência e responsabilidade na gestão dos recursos por parte do governo, sem a necessidade de recorrer a artifícios que apenas postergam problemas graves. “Não podemos continuar tapando o sol com a peneira. É hora de tomar decisões corajosas e fundamentadas, que garantam um futuro mais estável e próspero para o Brasil”, concluiu o deputado.
Por fim, o vice-líder do governo destaca a importância de gestões públicas responsáveis e transparentes, que priorizem a sustentabilidade econômica e o bem-estar da população, levantando o debate sobre a necessidade de decisões fundamentadas na condução das finanças públicas, principalmente em momentos de grandes desafios e incertezas no cenário nacional.