Assim como já esperávamos, mais um corte de 0.5 ponto percentual na Taxa Selic, foi anunciado hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen), após dois dias de reuniões a portas fechadas. Esse é o sétimo e penúltimo encontro neste ano do órgão que é formado pelo presidente e os diretores do Bacen, que se reúnem a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia brasileira.
Com essa terceira queda na Selic, fica confirmada a tendência de redução da taxa de juros, a qual temos a expectativa que feche o ano entre abaixo de 12%. Vale relembrar que, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a Selic ficou nos exorbitantes 13,75%, tendo seu primeiro corte de 0,5% após um ano de alta há 3 meses, e chegando a 13,25%. Já a segunda diminuição, também de meio por cento, aconteceu em meados de setembro, quando a taxa chegou a 12,75%.
Desta vez, para confirmar de uma vez por todas que os juros no Brasil devem continuar em declínio pelo menos até ficarem abaixo dos dois dígitos, o Copom bate o martelo e fecha a Selic em 12,25% ao ano. Apesar de ainda não ter chegado a um patamar ideal, é muito positivo perceber que realmente há um movimento de queda de juros no país, que, logo logo, nos apresentará alguns dos seus resultados nos índices macroeconômicos do país.
Para os empreendedores, taxa de juros menor significa dinheiro com custo mais baixo para investir na abertura de novas empresas ou na expansão dos negócios, gerando o aumento da produção nacional, e mais empregos e renda para a população. Já para as famílias, juros em quero é maior facilidade no acesso a empréstimos, financiamentos e parcelamentos, para que possam adquirir bens de consumo, imóveis, automóveis entre outros com condições de pagamento mais baratas.
Outra boa notícia na semana em relação à diretoria do Bacen é a indicação de dois novos nomes feita pelo Ministro da Fazenda Fernando Haddad. Com o término do mandato no final do ano de Fernanda Guardado, à frente da diretoria de Assuntos Internacionais, e Mauricio Moura, que comanda a área de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, o Copom tende a ser mais aberto a cortes significativos na taxa Selic.
Isso porque os dois diretores que não farão mais parte do Copom em 2023, são integrantes do grupo que defendeu uma postura mais rígida do Banco Central quanto aos juros, votando por uma redução menor da taxa na reunião de agosto do órgão, quando foram iniciados os cortes. Somados aos dois primeiros indicados pelo governo Lula em julho – Gabriel Galípolo e Ailton Aquino -, Paulo Picchetti, professor da FGV, e Rodrigo Alves Teixeira, servidor de carreira, devem trazer uma visão do Executivo federal para o Bacen – olhar esse que eu concordo – de que, neste momento, um juros de tamanha magnitude não se justifica pela atual conjuntura econômica do país, com inflação em queda, taxa de desemprego diminuindo e taxa cambial controlada, por exemplo.
Juntamente a isso, para ampliar ainda mais o bom desempenho econômico brasileiro, aqui no Congresso Nacional, nós, parlamentares da base do governo, iremos atuar nestes últimos meses de 2023 para que pautas que assegurem a responsabilidade fiscal sejam aprovadas, como a aprovação da Reforma Tributária – a qual ainda será votada pelos senadores, com alterações, voltando para a apreciação na Câmara -, a MP que limita o abatimento das subvenções do ICMS do pagamento de impostos federais das empresas – que deve aumentar a receita em R$ 35 bilhões -, o estabelecimento de um novo regime jurídico para crédito fiscal decorrente de subvenção; o fim da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio; e a implementação da transparência, arbitragem e sistema de tutela privada.
Diante deste cenário, as projeções sobre o futuro do Brasil são as melhores. Continuaremos, enquanto parlamentares governistas, trabalhando para que medidas que vão acelerar o crescimento econômico do Brasil sejam apreciadas e aprovadas o quanto antes. Também seguiremos atentos e cobrando ao Banco Central cortes cada vez mais robustos na taxa de juros, para que o desenvolvimento do Brasil se estenda a aqueles que querem investir e consumir no Brasil.